quinta-feira, 18 de março de 2010

A Pesca Desportiva.

São muitos aqueles que vêem esta actividade como enfadonha e desprovida de prazer, passar horas sentados a espera e por fim nem cheirar. O sol a torrar ou o frio a entranhar-se pelo corpo, e muitas das vezes sem tirar proveito, o suposto tão aguardado objectivo final que é o peixe em si... Nada mais errado meus amigos, nada mais errado. Só o simples contacto com a natureza vale pela actividade, a arte da pesca desportiva não se limita a possuir uma paciencia infinita, é o convívio com a natureza e com o próximo, fugir do ruído e do stress e mergulhar na imensidão do verde liquido que chama por nós. É a luta que se trava com a presa que muitas das vezes, teimosa, acaba por levar a melhor, e no final leva mesmo, isto no meu caso que restituo sempre o pescado à sua origem ao final do dia. Consegue-se ouvir a água correr mesmo quando parece parada, é o milagre da natureza. Para os mais impressionáveis, lembro que a boca do peixe é uma zona de pouca sensibilidade e que o peixe depois de arpoado podemos desprende-lo sem mazela e a probabilidade de este tornar a ferrar o isco ainda é muito boa.
Quem já experimentou sabe daquilo que estou a falar, quem ainda não experimentou, não perde nada por tentar. A pesca parece ser uma actividade cruel, mas não tanto quanto a pintam, a nós humanos foi-nos dada a capacidade de diversão e de lazer, e conscientemente a maior parte dos pescadores desportivos que existem nutrem um enorme respeito pela natureza, claro que também os há que não a respeitam, mas esses não merecem sequer o meu apreço.

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