segunda-feira, 29 de março de 2010

Férias, parte 1

     Começa hoje a minha primeira temporada de férias do ano, uma época muito aguardada e por isso mesmo leva tempo a chegar, ao contrário do inicio da época laboral que se sucede a uma velocidade incrível, mas isso já todos vocês sabem (à excepção de alguns workaholicos crónicos!). Em plena época festiva, relativamente à Páscoa, isto é, festiva no sentido de se exagerarem uma vez mais dos doces e do álcool à semelhança das festas de Natal e Fim-de-ano, mas que no verdadeiro sentido pascal se trata de uma época de jejum e sacrifícios. Por falar em sacrifícios, entenda-se que o verdadeiro sacrifício vai ser o do Zé Tuga não conseguir gastar rios de dinheiro em fatinhos e sapatinhos e mais umas merdinhas tudo isto para "estriar" no respectivo Domingo de Páscoa, se bem que ainda é fim de mês para alguns e desta forma a corrida aos Cofidis e mais não sei o quê vai ter o seu pico nestes próximos dias. Os dentistas já esfregam as mãos como que a adivinhar a debandada que vai ser quando as cáries começarem a atacar devido à ingestão de amêndoas que se verifica nesta altura. Podiam-me explicar por favor porque raio é que cá em Portugal as pessoas cismam nesta tradição de comerem o fruto seco envolto em açúcar altamente calórico? Que piada isto tem? É verdade que a moda das amêndoas de chocolate e de licor e de finos gormets de merdas caras e requintadas que só servem para se dar cabo da carteira e dos dentes sobrepuseram-se um pouco à tradição das legitimas amêndoas cobertas de açúcar, mas mesmo assim??! Se há coisas que não entendo, esta é uma delas...
   Voltando ao assunto das férias, vou aproveitar para festejar mais um de trinta aniversários e começar a fazer contas à vida, pois da maneira que o mundo caminha para o precipicio e as coisas andam como andam, isto falando quer a nível de saúde económica mundial, quer a nivel de saúde ambiental, cheira-me que se calhar já só me restam outros trinta ou menos, a ver vamos. Há que haver mas é mais optimismo de forma a contrariar esta tendência tuga que tanto nos caracteriza...

quinta-feira, 18 de março de 2010

A Pesca Desportiva.

São muitos aqueles que vêem esta actividade como enfadonha e desprovida de prazer, passar horas sentados a espera e por fim nem cheirar. O sol a torrar ou o frio a entranhar-se pelo corpo, e muitas das vezes sem tirar proveito, o suposto tão aguardado objectivo final que é o peixe em si... Nada mais errado meus amigos, nada mais errado. Só o simples contacto com a natureza vale pela actividade, a arte da pesca desportiva não se limita a possuir uma paciencia infinita, é o convívio com a natureza e com o próximo, fugir do ruído e do stress e mergulhar na imensidão do verde liquido que chama por nós. É a luta que se trava com a presa que muitas das vezes, teimosa, acaba por levar a melhor, e no final leva mesmo, isto no meu caso que restituo sempre o pescado à sua origem ao final do dia. Consegue-se ouvir a água correr mesmo quando parece parada, é o milagre da natureza. Para os mais impressionáveis, lembro que a boca do peixe é uma zona de pouca sensibilidade e que o peixe depois de arpoado podemos desprende-lo sem mazela e a probabilidade de este tornar a ferrar o isco ainda é muito boa.
Quem já experimentou sabe daquilo que estou a falar, quem ainda não experimentou, não perde nada por tentar. A pesca parece ser uma actividade cruel, mas não tanto quanto a pintam, a nós humanos foi-nos dada a capacidade de diversão e de lazer, e conscientemente a maior parte dos pescadores desportivos que existem nutrem um enorme respeito pela natureza, claro que também os há que não a respeitam, mas esses não merecem sequer o meu apreço.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Flagelo...

     Geralmente quando ouvimos a palavra "Flagelo" automaticamente associamos ao grande mal que é a droga, mas depois de passar por algumas experiências e situações recentemente, devo dizer que esta palavra para mim ganhou um novo significado, por assim dizer, adaptou-se mais a uma realidade que não sendo tão recente tem porém mostrado que estará para durar que é o estado das casas de banho publicas. Ora quem é que nunca teve a necessidade de satisfazer as suas necessidades num destes locais degradados? Pois é... Imaginem este cenário, vocês vão numa viagem de carro, em plena auto-estrada e eis que começam a sentir umas cólicas no estômago e uns aperto nos intestinos como se algo quisesse eclodir lá dentro, vem-lhes à memória a tabuleta que acabaram de passar que anunciava uma área de serviço a 30 kms. Mau, 30 kms ainda é um bocadito e não fossem vocês estarem sentados o problema agravava-se. 2 minutos volvidos e as cólicas aumentam de intensidade, assim ao jeito de contracções pré parto que tendem a tornar-se menos espaçadas e mais dolorosas, e... raios que ainda faltam alguns kms... Mas o pior vem aí é que se forem mulheres ainda vão ter a triste sorte de esperarem numa fila de 200 pessoas para entrarem no WC e isto porque uma excursãozita de 20 autocarros lembrou-se de parar nessa mesma área de serviço e já toda a gente sabe que as mulheres perdem 2 terços das suas vidas na casa de banho. Claro que se forem homens aí a conversa é outra e claro está demoram bem menos tempo na casa de banho, sendo que por norma o homem comum tem a rotina diária de se aviar em casa logo de manhã como se de um ritual se trata-se, porém neste dia a carga vinha reforçada e um imprevisto surgiu. Vocês tem mesmo de ir ao WC inclusivamente tem de utilizar aquela divisão 1x1 que lá em casa é o vosso santuário. Pois então eis que vocês se vão deparar com um cenário dantesco que podia muito bem constar em um qualquer filme de terror classe B. É pá, mas que porcaria que ali vai, e mesmo verificando no quadro de registo de limpezas onde atesta que a ultima foi feita à menos de 10 minutos, vocês deitam as mãos à cabeça e posteriormente ao nariz, fodassse, como é possível que um ser humano tenha tamanha capacidade de cagar nas paredes todas, literalmente, e de ainda ter tempo de escrever na porta a dizer que o Manel não sei das quantas gosta de levar na peida e que o João de Cinfães fazes bicos a 5 euros (desculpem-me o calão mas todos vocês estão cientes do verdadeiro teor destes escritos) e tudo isto com números de telemovel e desenhos toscos do órgão sexual masculino. Isto meus amigos é o que eu chamo de um verdadeiro flagelo, e pensar que vocês vão ter de alguma forma se aliviar neste verdadeiro espelho da condição humana de por quem lá passou. Será que alguém que a todo o custo evita estes WCs públicos e que só os utilizada em ultimo recurso, e de alguma forma dá graças por estarem lá, e depois retribuem desta forma, deixando tudo numa autentica porcaria? Mal agradecidos são o que são e depois é o que é. Vão mas é cagar ao carvalho

quinta-feira, 4 de março de 2010

O verdadeiro clássico...

Os automoveis já nos fazem companhia à uma porrada de anos, e já nada podemos fazer sem eles, nem mesmo ir até ao café que fica a 20 metros de nossa casa, pois há que mostrar a máquina e estacionar em segunda fila sempre com o pensamento de que ainda consegue passar um carro na estrada à vontade. Toda a gente tem automóvel e alguns tem mais do que um, e com isto refiro-me essencialmente à classe baixa/média. Todos os dias são lançados modelos novos, restylings, liftings, paneleiricesings e mais não sei o quê e isto é logo motivo para o Zé povinho trocar de carro ou pelo menos sonhar com isso.
   Dizem que um automóvel necessita de ter pelo menos 20 anos para ser considerado um clássico, mas há clássicos e clássicos e entenda-se que um Fiat Uno de 1990 é tudo menos um clássico, ou até um Supercinco Tiga. E depois há os clássicos que já enervam e por mim deixavam todos de ser clássicos e passariam a ser vulgares automóveis que é o caso dos Minis e dos Carochas que parece-me que há mais agora do que à 20 anos atrás, e qualquer concentração e/ou exposição de automóveis antigos e clássicos não o é sem contar com pelo menos 300 espécimes de cada um destes 2 modelos.
   Num passado recente ouvi acidentalmente um diálogo entre avô e neta acerca de um presente automóvel reclamado pela neta, ao que o avô adiantou logo que o carro que lhe ofereceria não seria novo (para infelicidade da neta), mas esta afirmação foi prontamente adocicada e suavisada em que há carros usados que são mais "charmosos" que modelos recentes e assim mais invejados pelos trauseuntes. (Nota: referi que ouvi acidentalmente pois este diálogo foi proferido numa telenovela e sabe Deus o quanto eu detesto este tipo de programação televisiva e que abordarei este tema numa observação próxima). Ora o que acontece é que existem mesmo automóveis que pela raridade e beleza se tornaram intemporais e fazem corar qualquer veículo mais recente e vencedor de prémios de design. Quem é que não gostaria de ter um coupé dos "eighties" daqueles de 3 portas com farolins redondos e para-choques cromados? Pois é. A principal caracteristica de um clássico é fazer-nos recordar da nossa adolescencia e daqueles tempos de liberdade ao volante qo som de cassetes dos Scorpions, Queen, e outras pérolas dos anos 80, do cheirinho a gasolina obsoleta e oleo de cedro que se colocava no tablier. Então vejamos, um Datsum 1800 de 1978 é um clássico, um Renault 5 Laureate de 1986 é um clássico (duvidoso para alguns), Um Fiat 127 de 1984 é um clássico, agora Mercedes 190's de 1988 com matricula K, Renaults 21, Peugeots 405 e mais não sei o quê... Bahhhh, vão se mas é catar mais esse refugo de 50 contos para desocupar garagens...