quinta-feira, 4 de março de 2010

O verdadeiro clássico...

Os automoveis já nos fazem companhia à uma porrada de anos, e já nada podemos fazer sem eles, nem mesmo ir até ao café que fica a 20 metros de nossa casa, pois há que mostrar a máquina e estacionar em segunda fila sempre com o pensamento de que ainda consegue passar um carro na estrada à vontade. Toda a gente tem automóvel e alguns tem mais do que um, e com isto refiro-me essencialmente à classe baixa/média. Todos os dias são lançados modelos novos, restylings, liftings, paneleiricesings e mais não sei o quê e isto é logo motivo para o Zé povinho trocar de carro ou pelo menos sonhar com isso.
   Dizem que um automóvel necessita de ter pelo menos 20 anos para ser considerado um clássico, mas há clássicos e clássicos e entenda-se que um Fiat Uno de 1990 é tudo menos um clássico, ou até um Supercinco Tiga. E depois há os clássicos que já enervam e por mim deixavam todos de ser clássicos e passariam a ser vulgares automóveis que é o caso dos Minis e dos Carochas que parece-me que há mais agora do que à 20 anos atrás, e qualquer concentração e/ou exposição de automóveis antigos e clássicos não o é sem contar com pelo menos 300 espécimes de cada um destes 2 modelos.
   Num passado recente ouvi acidentalmente um diálogo entre avô e neta acerca de um presente automóvel reclamado pela neta, ao que o avô adiantou logo que o carro que lhe ofereceria não seria novo (para infelicidade da neta), mas esta afirmação foi prontamente adocicada e suavisada em que há carros usados que são mais "charmosos" que modelos recentes e assim mais invejados pelos trauseuntes. (Nota: referi que ouvi acidentalmente pois este diálogo foi proferido numa telenovela e sabe Deus o quanto eu detesto este tipo de programação televisiva e que abordarei este tema numa observação próxima). Ora o que acontece é que existem mesmo automóveis que pela raridade e beleza se tornaram intemporais e fazem corar qualquer veículo mais recente e vencedor de prémios de design. Quem é que não gostaria de ter um coupé dos "eighties" daqueles de 3 portas com farolins redondos e para-choques cromados? Pois é. A principal caracteristica de um clássico é fazer-nos recordar da nossa adolescencia e daqueles tempos de liberdade ao volante qo som de cassetes dos Scorpions, Queen, e outras pérolas dos anos 80, do cheirinho a gasolina obsoleta e oleo de cedro que se colocava no tablier. Então vejamos, um Datsum 1800 de 1978 é um clássico, um Renault 5 Laureate de 1986 é um clássico (duvidoso para alguns), Um Fiat 127 de 1984 é um clássico, agora Mercedes 190's de 1988 com matricula K, Renaults 21, Peugeots 405 e mais não sei o quê... Bahhhh, vão se mas é catar mais esse refugo de 50 contos para desocupar garagens...

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